A Bouça das Minas
Um dos lugares misteriosos que mais tempo me ocupou na infância foi a Bouça das Minas, onde hoje está situado a escola EB23 de Vila das Aves e o Lar da Tranquilidade. A bouça era um local de brincadeira por excelência, cheia de carvalhos, sobreiros, pássaros e coelhos. Um caminho de terra batida atravessava-a, para quem se dirigia de Romão para a igreja, com um portelo de cão a meio onde diziam apareciam bruxas e almas penadas. Acampei nesta bouça, por diversas vezes, com os lobitos (com a saudosa D. Inês) e os escuteiros (com o chefe Américo Luís, seu filho). Bouça das Minas, porque havia uma mina. A água fria corria num regato pelo interior da terra, por onde poderíamos avançar de pé no meio de uma escuridão medonha. Poderíamos... mas quase nunca o fazíamos, excepto quando no grupo, havia alguém destemido o suficiente para avançar pela terra dentro, sem nunca ver onde púnhamos os pés, onde pudesse surgir uma cobra monstruosa, um morcego cavernoso, um animal inverosímil E as aranhas?!
A mina era de uma extensão apreciável, mas que eu me recorde, nunca avancei até ao fim. De um lado corria em direcção ao estádio do Aves, que nessa altura ainda não era estádio, mas bouça. Do outro avançava até Freixieiro(?), ou mais até ao rio? Num dia de Verão a frescura da mina era bálsamo para os rapazes suados das correrias, da perseguição aos pássaros, da fuga da escola. Também se contava que existiria um tesouro escondido algures dentro da mina guardado por uma máscara de ferro: de moedas de oiro, do tempo dos mouros. Quem sabe algum de nós o encontrou?!
Um dos lugares misteriosos que mais tempo me ocupou na infância foi a Bouça das Minas, onde hoje está situado a escola EB23 de Vila das Aves e o Lar da Tranquilidade. A bouça era um local de brincadeira por excelência, cheia de carvalhos, sobreiros, pássaros e coelhos. Um caminho de terra batida atravessava-a, para quem se dirigia de Romão para a igreja, com um portelo de cão a meio onde diziam apareciam bruxas e almas penadas. Acampei nesta bouça, por diversas vezes, com os lobitos (com a saudosa D. Inês) e os escuteiros (com o chefe Américo Luís, seu filho). Bouça das Minas, porque havia uma mina. A água fria corria num regato pelo interior da terra, por onde poderíamos avançar de pé no meio de uma escuridão medonha. Poderíamos... mas quase nunca o fazíamos, excepto quando no grupo, havia alguém destemido o suficiente para avançar pela terra dentro, sem nunca ver onde púnhamos os pés, onde pudesse surgir uma cobra monstruosa, um morcego cavernoso, um animal inverosímil E as aranhas?!
A mina era de uma extensão apreciável, mas que eu me recorde, nunca avancei até ao fim. De um lado corria em direcção ao estádio do Aves, que nessa altura ainda não era estádio, mas bouça. Do outro avançava até Freixieiro(?), ou mais até ao rio? Num dia de Verão a frescura da mina era bálsamo para os rapazes suados das correrias, da perseguição aos pássaros, da fuga da escola. Também se contava que existiria um tesouro escondido algures dentro da mina guardado por uma máscara de ferro: de moedas de oiro, do tempo dos mouros. Quem sabe algum de nós o encontrou?!
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